A produtividade média do milho no Rio Grande do Sul foi revisada para 6.857 quilos por hectare, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (5) pelo Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar. O número representa uma redução de 3,6% em relação à projeção inicial, que era de 7.116 kg/ha. A área cultivada com o grão no estado nesta safra é de 706.909 hectares.
A colheita segue em andamento, mas o excesso de chuvas nas últimas semanas tem dificultado os trabalhos em várias regiões. Ao mesmo tempo, os produtores já iniciam o planejamento da próxima safra, com práticas como implantação de cultivos de cobertura e busca por crédito agrícola. O clima, no entanto, segue sendo um fator decisivo para o ritmo da colheita e da preparação das novas lavouras.
Na região de Bagé, na Campanha, as chuvas registradas entre 25 e 29 de maio interromperam a colheita em áreas com plantio mais tardio. A expectativa de tempo seco na primeira quinzena de junho, aliada às primeiras geadas, deve permitir a retomada da operação, ajudando a reduzir a umidade dos grãos e das plantas.
Na Fronteira Oeste, produtores tradicionais já implantaram cultivos de cobertura para proteger o solo e melhorar a matéria orgânica. No entanto, a decisão sobre a próxima safra ainda está indefinida para muitos agricultores, influenciada pelos baixos preços do milho no mercado.
Em Caxias do Sul, poucas lavouras ainda restam, mas a colheita não avançou devido às chuvas persistentes. Em Ijuí, os agricultores estão em fase de planejamento e devem antecipar a semeadura da próxima temporada.
Na regional de Pelotas, 77% da área plantada já foi colhida, mas o trabalho foi paralisado entre 26 e 29 de maio por conta da alta umidade, sendo retomado somente após a melhora do clima. Em Santa Maria, as chuvas recorrentes no último mês afetaram a qualidade dos grãos.
Já em Santa Rosa, 96% das áreas foram colhidas, mas as lavouras mais tardias ainda enfrentam solo encharcado e grãos úmidos, atrasando o término da colheita. A presença de chuvas e ventos fortes também provocou queda de plantas, prejudicando a operação tanto para grãos quanto para produção de silagem.
Na região de Soledade, a colheita alcançou 82% da área cultivada com o avanço do frio. Apesar das dificuldades causadas por baixa radiação solar e chuvas, o milho ainda mantém bom desenvolvimento. Contudo, a queda das temperaturas tem alongado o ciclo de crescimento da cultura.
A expectativa dos técnicos é de que, com a chegada de um clima mais estável, os produtores consigam concluir a colheita e iniciar a próxima safra com maior segurança.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper