Logo após a criança abandonada ter sido encontrada pela Brigada Militar de Panambi, a Polícia Civil começou as investigações e ou a buscar informações que levassem à identidade da suspeita.
Depois de ar por Panambi para embarque e desembarque de ageiros, o que durou menos de 15 minutos, o ônibus no qual a jovem arremessou a criança – e onde ocorreu o parto – ou pelos municípios de Guarani das Missões, Cerro Largo, São Pedro do Butiá, Roque Gonzales e 16 de Novembro.
Estas informações foram readas para os órgãos de segurança pública destes municípios para saber se em algum deles uma moça suspeita teria descido do coletivo.
Conforme o delegado Fleury, a polícia então recebeu imagens gravadas no município de 16 de Novembro que mostram uma jovem saindo do ônibus, lavando as mãos, olhando as partes íntimas e entrando em um estabelecimento para comprar absorventes. Nas imagens, ela aparenta estar com manchas de sangue em suas roupas.
“De posse dessas informações, a Polícia Civil teve a certeza absoluta de que a mãe da criança teria desembarcado no município de 16 de Novembro”, afirmou.
Com as informações em mãos, o 14º Batalhão Policial Militar iniciou as diligências para localizar a jovem, o que ocorreu ainda no início da noite de quarta-feira.
Ela foi encaminhada à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de São Luiz Gonzaga, onde prestou depoimento à polícia de Panambi por horas durante a madrugada.
A jovem itiu que jogou a criança pela janela do ônibus em Panambi e disse ter entrado em trabalho de parto durante a viagem.
Ela também informou aos policiais que não sabe quem é o pai da criança e não havia contado à família a gravidez.
“Ela nos disse que escondeu a gravidez dos seus parentes, e este seria um dos motivos pelos quais, além do fato de ter relatado que não sabe quem é o pai da criança, a razão pela qual ela teria jogado o bebê pela janela do ônibus”, afirmou Gustavo.
Após prestar depoimento, a jovem foi liberada. “Por não haver hipóteses legais de configuração para lavratura de um auto de prisão em flagrante, a Polícia Civil ouviu ela, coletou todas as informações relevantes e a liberou”, explica.
No entanto, os trabalhos da Polícia Civil não pararam. Após coletar mais informações, os policiais solicitaram a prisão preventiva da jovem, além de um mandado de busca e apreensão, deferidos pelo Poder Judiciário da Comarca de Panambi.
Até a tarde desta quinta-feira, os policiais de Panambi ainda encontravam-se no município onde a acusada mora em 16 de Novembro. Mais pessoas ainda devem ser ouvidas.
Na residência da jovem, a polícia encontrou as roupas que ela utilizava dentro do ônibus, que foram apreendidas junto com seu celular.
Após os trâmites legais, a jovem foi encaminhada para o sistema prisional.
“A investigação prossegue, não cessa aqui. Temos muitas pessoas para inquirir e apurar se houve a participação ou não de mais uma pessoa nesse crime de tamanha repercussão no nosso Estado”, afirmou.
O delegado concluiu a fala agradecendo a participação da imprensa que colaborou “de forma muito importante” para resolução do fato.
Fonte: SB Comunicações / Panambi